LIVRO ALTAMENTE RECOMENDÁVEL CATEGORIA TEÓRICO FNLIJ 2011 (...) o e book não matará o livro como Gutenberg e sua genial invenção não suprimiram de um dia para o outro o uso dos códices, nem este o comércio dos rolos de papiros ou volumina. OS usos e costumes coexistem e nada nos apetece mais do que alargar o leque dos possíveis. O Filme matou o quadro A televisão o cinema Boas vindas então às pranchetas e periféricos de leitura que nos dão acesso, através de uma única tela, à biblioteca universal doravante digitalizada. Do papiro ao arquivo eletrônico, Umberto Eco e Jean Claude Carrire atravessam 5 mil anos de história do livro em uma discussão erudita e bem humorada, sábia e subjetiva, dialética e anedótica, curiosa e de bom gosto. NA conversa entre os autores, intermediada pelo jornalista Jean Philippe de Tonnac, a intenção não é apenas entender as transformações anunciadas pela adoção do livro eletrônico, mas dar início a um debate instigante e atual a partir da premissa de que e a história dos livros e o amor a eles os salvarão do desaparecimento. A Experiência de bibliófilos, colecionadores de exemplares antigos e raros, pesquisadores e farejadores de incunábulos, os faz considerar o livro, como a roda, uma invenção perfeita e insuperável. O Livro aparece aqui como uma instituição sólida, anatômica e funcionalmente adequada que as revoluções tecnológicas, anunciadas ou temidas, não exterminarão. OS autores se divertem mostrando como o livro atravessou a história da humanidade, para o melhor e às vezes para o pior Eco reuniu uma coleção de livros raríssimos sobre o erro humano, na medida em que, para ele, eles condicionam toda tentativa de fundar uma teoria da verdade. DIante do desafio representado pela digitalização universal dos escritos e da adoção das novas ferramentas de leitura eletrônica, essa evocação de venturas e desventuras do livro permite relativizar as mudanças que estão por vir. HOmenagem divertida a Gutenberg, essas conversas irão arrebatar todos os leitores e apaixonados pelo objeto livro. E Não é impossível que também alimentem a nostalgia dos detentores de e books.