Não há como sair incólume desta história. A saga de Nick Belane poderia até ser igual a de tantos outros detetives de segunda categoria que perambulam pelas largas ruas de Los Angeles. Mas aqui, mulheres inacreditáveis cruzam pernas compridas e falam aos sussurros, principalmente uma que atende pelo nome de Dona Morte. Como nos velhos livros policiais de papel vagabundo, subliteratura pura, a quem Charles Bukowski dedica solenemente Pulp.Ele desafia sua história com habilidade de mestre. Um Rabelais percorrendo o mundo noir A divina sujeira A maravilhosa sordidez Um acerto de contas com a arte Uma homenagem Uma reflexão sobre o fim da vida E tomara que a morte estivesse linda, gostosa e sexy como está nesta história quando encontrou o velho Buk poucos meses depois de ter posto o ponto final nesta pequena obra prima.