O medo, nosso velho conhecidoEntre 1925 e 1926 depois de a Primeira Guerra Mundial assolar a Europa , Sigmund Freud se voltou ao estudo do medo, que viria a se tornar um dos conceitos centrais da psicanálise. EMbora já tivesse sido abordado pelo autor em vários textos, é em Inibição, sintoma e medo (1926) que ele consegue, finalmente, articular o funcionamento desse afeto em sua máxima extensão.Até então, era considerado fruto do recalcamento da libido. AQui Freud vai além e alia sua teoria dos impulsos de vida e de morte à ideia do medo como um resquício do processo evolutivo da espécie humana e aos traumas da castração e da separação. O Medo do nascimento e da separação da mãe seria o medo ou a angústia primordial, a origem da nossa ânsia por sermos amados. O Resultado dessa reflexão é um texto fundamental no desenvolvimento da psicanálise e nas ciências humanas, que toca profundamente dilemas universais do ser humano e sentimentos que nos definem como espécie.